Máquina-Mágica
Máquina-Arma
Contraditória e amada
Massas e castas sob um véu de prata
A marcha civilizada
A máquina que gira o mundo
Me deu prazer por um segundo
E me põe em sono profundo
Só pra lhe servir
Brilhou o moderno
E o homem inerte
O fim da história
Com o sonho padrão
Senhora do tempo
Faz meu pensamento
E minha vitória
Vem com meu grilhão
A máquina que pode tudo
Mostrou-me o topo do mundo
E me pôs em sono profundo
Só pra lhe servir
Há séculos a humanidade persegue seu fascínio
Pela acumulação, pelo domínio
E criou a engrenagem da reprodução da riqueza
Que alimenta seu vazio, sua miséria e pobreza
Da virtude, que o fez oprimido
Que opôs humano e indivíduo
Que faz livre, o capital e o mercado
E o mantém livre, como servo, escravo
Mas tem que ser assim?
Não quero te servir