Prendi o riso, sequei o pranto
Já não mais me espanto
Remei por meses, já nem sei se foram anos
Esperei em vão o encanto
Você de novo
Nada muda
Só angústia
Nada muda
E a vida crua
Nada muda
Tanta culpa
As mesmas cores
E a sombra escura
Mudei meu nome, mudei os planos
Rezei para o céu
Busquei abrigo no desencontro
No afago mais cruel
Você de novo
Nada muda
Só angústia
Nada muda
A vida é crua
Nada muda
Toda culpa
As mesmas cores
Da sombra escura
E tantos dias, incompleto
Um fragmento de algo concreto
Me despertou pra mais um verso
Num devir infinito